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José de Abreu (vii) : A linhagem materna

Salve!

 

À diferença do post anterior, esta entrada vai mais suave. Exceto que há, entre vários autores, uma discussão histórica sobre a mãe do Barão do Serro Largo. A pesquisa da linhagem materna do general flui sem grandes reviravoltas e revelações, mas, todavia, entretanto, porém – o que encontramos no papel – e o papel aceita tudo – vai de encontro à uma certa uniformidade na descrição do aspecto físico de José de Abreu.

Na verdade, a confusão começa com algumas declarações contraditórias do próprio marechal. Dizia-se filho legítimo de João de Abreu com Ana Maria de Jesus, natural de Rio Grande – declarações dele mesmo. Mas, como já explicado antes aqui, sendo filho legítimo de João de Abreu, só poderia ter como mãe Ana Bernarda de Jesus ou de Souza. A confusão de nomes, ou na verdade, o que eu chamaria de uma certa flexibilidade onomástica, era muito comum nos registros anteriores ao século XX. Até aí, nada de estranho.

 

Leitura recomendada:
Sobre a onomástica no período Colonial (Martha Hameister)

O erro da naturalidade desta mãe – dita rio-grandina ao invés de terceirense – é também perdoável: o Barão considerava a si próprio rio-grandino, muito embora soubesse perfeitamente que era carolino, ou seja, natural de São Carlos de Maldonado. O que realmente coloca uma pulga atrás da orelha é como o seus contemporâneos lhe descrevem, ao mencionar por vezes algum atributo físico considerado indígena, por vezes o domínio fluente que ele tinha da língua Guarani.

Há, porém, uma construção histórica do personagem do marechal: à medida em que vários autores acrescentam sobre as obras uns dos outros, podem inadvertidamente exagerar características, que foram atribuídas sob a ótica das percepções pessoais, e que pertencem, por sua vez, à mentalidade e as concepções de um determinado lugar e tempo; e assim, podem ser mais ou menos verdadeiras. Nessas perguntas, ainda gostaria de ir mais a fundo em outra oportunidade.

Feitas essas ressalvas, começo pelo casamento de Ana Bernarda de Jesus com João de Abreu, pais do Marechal José de Abreu:

Lê-se: “Aos vinte e hum dias do mes de Outubro do anno de mil setecentos e cincoenta e sete, nesta Matriz de São Pedro do Rio Grande de São Pedro feitas as tres canonicas denunciaçoens na forma do Sagrado Concilio Tridentino e em presença de mim, Vigário da Igreja e da Manuel Francisco da Sylva e das testemunhs abaixo asinadas o Coronel de Dragoens Thomás Luiz Ozorio, e o Capitão mor Francisco Coelho Ozorio se cazarão em face da Igreja solenemente João de Abreu, filho legítimo de Lionel de Abreu e de sua mulher Maria Soares, já defunta, natural da freguesia de Santa Maria do Pinheiro concelho de Vieyra, Arcebispado de Braga, com Anna Bernarda de Jesus, filha legítima de Antonio de Souza, já defunto, e de Antonia Clara da Conceição, baptizada na Vila da Praia da Ilha Terceira, e lhes dei as bençoens. Por verdade fiz este assento. O vigário.” Via familysearch.

 

Passeando pelos registros de casamentos em Santa Cruz, ilha Terceira, e demais freguesias da mesma ilha – eis o que nos dizem os papéis:

 

António de Sousa e Antónia Clara da Conceição casaram-se aos cinco de agosto de 1737, em Santa Cruz, Ilha Terceira.[1] Este foi o terceiro casamento de Antonio de Souza, viuvo de Maria da Vitória[2] e de Apolónia de Guadalupe;[3] e o segundo casamento para Antónia Clara da Conceição, viúva de Manuel de Aguiar, com que se casara em 1731.[4] António de Sousa era filho de Cosme de Sousa e de Catarina Gomes, todos do Pico. Antónia Clara era filha de Manuel Ferreira (de Aguiar) e de Lourença Maria da Conceição, fregueses de Nossa Senhora da Pena, Fontinhas.

Manuel Ferreira de Aguiar casou três vezes, sendo a primeira esposa Bárbara Dias, em 1676,[5] e a segunda Inês Vieira, em 1677.[6] Casou em terceiras núpcias com Lourença Maria da Conceição, filha de António Teixeira e Bárbara Cardoso, paroquianos de Santa Bárbara, Fonte do Bastardo, aos 4 de abril de 1707, em Santa Cruz.[7] Manuel Ferreira de Aguiar era filho de Simão de Aguiar e Beatriz Alves e faleceu antes de 18 de outubro de 1721, data em que Lourença Maria casa-se pela segunda vez, com Domingos Martins, em Santa Cruz.[8]

Simão de Aguiar e Beatriz Alves casaram-se em 18 de janeiro de 1644, em Lajes, na Terceira.[9] Ele era filho de António Ferreira e Beatriz Alves ou Álvares, fregueses de Agualva, e ela era filha de Francisco Simão e Bárbara Lucas, fregueses de Lajes.

António Ferreira e Beatriz Álvares casaram-se aos 3 de fevereiro de 1613, como a maioria dos casais já citados, também em Santa Cruz:[10] ele, filho de Antão Ferreira e Beatriz Gonçalves, e ela, filha de André Álvares e Maria Pestana.

Em resumo, foi possível alcançar até sete gerações a partir de José de Abreu, como na seguinte tabela, mostrando as gerações mais remotas no topo, até a mais recente, na base:

 

por descobrir
Antão
Ferreira

& Beatriz
Gonçalves
N.±1565
André
Álvares

& Maria
Pestana
N.±1565
por descobrir
António Ferreira
& Beatriz Álvares
N. ±1590
C. 03.02.1613,
S.ta Cruz, Terceira
Francisco Simão
& Bárbara Lucas
N. ±1605

por descobrir  
Simão de Aguiar

N. ±1625

C. 18.01.1644, Lajes, Terceira

Beatriz Alves

N. ±1630

C. 18.01.1644, Lajes, Terceira

António Teixeira

N. ±1665

Bárbara Cardoso

N. ±1670

Manuel Ferreira de Aguiar

N. ±1655, Terceira, Açores

C.c Bárbara Dias 27.01.1676, Santa Cruz, Terceira

C.c Inês Vieira em 19.09.1677, Santa Cruz, Terceira

C. c L.ça M.a da C.çãoem 04.10.1707, S.ta Cruz, Terceira

F. antes de 18.08.1721

Lourença Maria da Conceição

N. ±1690, Terceira, Açores

C.c M.el F.ra de Aguiar em 04.10.1707, S.ta Cruz, Terceira

C. c Domingos Martins em 18.08.1721, Santa Cruz, Terceira

Antónia Clara da Conceição

N.±1715

C.c Manuel de Aguiar em 29.11.1731, Fontinhas, Terceira

C.c António de Sousa em 05.08.1737, Santa Cruz, Terceira

( António de Sousa, filho de Cosme de Sousa e Catarina Gomes,

N. ±1680, Pico, Açores

C.c Maria da Vitória em 12.12.1700, Santa Cruz, Terceira

C.c Apolónia de Guadalupe em 12.01.1722, Agualva, Terceira

C.c Antónia Clara da Conceição em 05.08.1737, Santa Cruz, Terceira

F. antes de 21.10.1757 )

Antónia Clara e António de Sousa foram pais de

Ana Bernarda de Sousa

B. ±1740, Santa Cruz, Terceira, Açores

C. c João de Abreu em 21.10.1757, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil

F. 28.11.1788 Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil

Ana Bernarda e João de Abreu foram pais de

Vicente, Cláudia Petrona, José de Abreu, Joaquim, Francisco, Romão e Manuel

 

É por hoje, é só…!

 

Desta que vos escreve, a

helga

~Helga.

 

 

Em destaque: Vila Nova, Terceira, Açores. Foto de Luís Godinho / Flickr



Fontes
[1] Casamento de António de Sousa com Antónia Clara da Conceição. Cultura Açores : Fundos Paroquiais dos Açores: Terceira, Praia da Vitória, Santa Cruz: 1737, L.C. 6, fl.1v.
[2] Casamento de António de Sousa com Maria da Vitória. Cultura Açores : Fundos Paroquiais dos Açores: Terceira, Praia da Vitória, Santa Cruz: 1700, L.C. 4, fl.67.
[3] Casamento de António de Sousa com Apolónia de Guadalupe. Cultura Açores : Fundos Paroquiais dos Açores: Terceira, Praia da Vitória, Agualva: 1722, L.C. 1, fl.31v.
[4] Casamento de Manuel de Aguiar com Antónia Clara da Conceição. Cultura Açores : Fundos Paroquiais dos Açores: Terceira, Praia da Vitória, Fontinhas: 1731, L.C. 1, fl.35.
[5] Casamento de Manuel Ferreira de Aguiar com Bárbara Dias. Cultura Açores : Fundos Paroquiais dos Açores: Terceira, Praia da Vitória, Santa Cruz: 1676, L.C. 3, fl.172.
[6] Casamento de Manuel Ferreira de Aguiar com Inês Vieira. Cultura Açores : Fundos Paroquiais dos Açores: Terceira, Praia da Vitória, Santa Cruz: 1677, L.C. 3, fl.178.
[7] Casamento de Manuel Ferreira de Aguiar com Lourença Maria da Conceição. Cultura Açores : Fundos Paroquiais dos Açores: Terceira, Praia da Vitória, Santa Cruz: 1707, L.C. 4, fl.127v.
[8] Casamento de Domingos Martins com Lourença Maria da Conceição. Cultura Açores : Fundos Paroquiais dos Açores: Terceira, Praia da Vitória, Santa Cruz: 1721, L.C. 5, fl.15.
[9] Casamento de Simão de Aguiar com Beatriz Alves. Cultura Açores : Fundos Paroquiais dos Açores: Terceira, Praia da Vitória, Lajes: 1644, L.C. 2, fl.13v.
[10] Casamento de António Ferreira com Beatriz Álvares. Cultura Açores : Fundos Paroquiais dos Açores: Terceira, Praia da Vitória, Santa Cruz: 1613, L.C. 2, fl.116v.

José de Abreu (vi) : A linhagem paterna

Salve!

Este post é dedicado, em continuação a esta entrada, a explorar as origens do general José de Abreu através das fontes documentais de que dispomos.

Primeiro – para tirar esta distração do caminho – vamos examinar este pequeno trecho do Nobiliário Sul Riograndense:[1].

“Entre os componentes da luzida comissão trazida por Gomes Freire de Andrade, achava-se João de Abreu. Fidalgo português, filho segundo de uma das mais nobres, ilustres e antigas famílias do Reino, direto descendente dos Abreus de Entre Douro e Minho, Senhores da Honra e Torre de Abreu e do Pico de Regalados.”

A segunda frase captura o interesse, mas acredito que refira-se a João Gomes de Abreu, filho de Leonel de Abreu e Lima – estes são (mais ou menos) homônimos mas não são exatamente os Abreus que procuramos. Não que não possam estar relacionados; apenas que vamos nos ater aqui, assim como no post anterior, à busca e análise de documentos encontrados nos últimos dias. Quanto à comissão de Gomes Freire de Andrade, toda a descoberta está ainda por fazer.

* * *

Fora isso, como já deve estar muito claro – como já demonstrado aqui e aqui – o marechal era filho de João de Abreu, da freguesia de Santa Maria do Pinheiro, Guimarães, e neto de Leonel de Abreu e Maria Soares.

A melhor fonte primária de que dispomos no Brasil é o registro do casamento dos pais de José de Abreu, como já vimos antes – mas êi-lo aqui mais uma vez:

 

Lê-se: “Aos vinte e hum dias do mes de Outubro do anno de mil setecentos e cincoenta e sete, nesta Matriz de São Pedro do Rio Grande de São Pedro feitas as tres canonicas denunciaçoens na forma do Sagrado Concilio Tridentino e em presença de mim, Vigário da Igreja e da Manuel Francisco da Sylva e das testemunhs abaixo asinadas o Coronel de Dragoens Thomás Luiz Ozorio, e o Capitão mor Francisco Coelho Ozorio se cazarão em face da Igreja solenemente João de Abreu, filho legítimo de Lionel de Abreu e de sua mulher Maria Soares, já defunta, natural da freguesia de Santa Maria do Pinheiro concelho de Vieyra, Arcebispado de Braga, com Anna Bernarda de Jesus, filha legítima de Antonio de Souza, já defunto, e de Antonia Clara da Conceição, baptizada na Vila da Praia da Ilha Terceira, e lhes dei as bençoens. Por verdade fiz este assento. O vigário.”

 

Ali constam as informações como ditas acima. Não há, na Cúria Metropolitana de Porto Alegre, processo de habilitação desse casamento; mesmo assim poderíamos, em regra, admitir que encontraria-se um registro de batismo dele ou ao menos de casamento dos pais na mesma freguesia. Entretanto, como o que se encontra em Pinheiro difere do que diz esse registro, acredito que isso possa ser devido à política dos casais que vigorou na época. Nunca antes a corte de Portugal incentivara tanto o casamento no Rio Grande do Sul.[2]

Sobre o lugar,

 ∼  Santa Maria do Pinheiro ∼

 

A chegada na igreja matriz – Pinheiro, Vieira do Minho. Google Streetview.

É atualmente uma freguesia do município de Vieira do Minho, chamada simplesmente Pinheiro. Buscando nos registros da igreja, a situação assim se desvela:

 

Havia na época realmente um, e apenas um Leonel de Abreu em Santa Maria do Pinheiro. Este homem casou-se em 1702 com Domingas Francisca:

 

Registro de casamento de Leonel de Abreu com Domingas Francisca, 1702. Lê-se: Aos vinte e tres do mes de Abril assisti ao matrimonio que entre si celebraram Leonel de Abreu e sua mulher Domingas Francisca do lugar de Villela foram testemunhas Manoel Soares, Torcato Francisco, Antonio Francisco  e por verdade fiz este assento que assinei de abril 23 de 1702. O P.e Pdero Vieira.” Via familysearch.

 

Uma vez viúvo, Leonel de Abreu casou-se com Úrsula Francisca, em 1707:

Registro de casamento de Leonel de Abreu com Ursula Francisca, 1707. Lê-se: ” Aos dois dias do mes de outubro de sete centos e sete nesta Igreja de Santa Maria do Pinheiro se receberam em presença de mim o PAdre João Francisco Cura da dita Igreja do Pinheiro Leonel de Abreu moradro de Villela desta freguesia com Ursula Francisca filha de Francisco Jorge de Figueiredo morador que é no lugar de cima da vila (… continua).” Via familysearch.

 

Com a primeira esposa, teve dois filhos, chamados Manoel e Maria; com a segunda, mais três filhas pelo menos, a saber: Thereza e Ana;

(para os dados vitais destes filhos – encontram-se transcritos no link abaixo:)

VIDE: Heróis do Homem e Cávado – Pinheiro

E mais uma pelo menos, chamada Rosa e batizada em 20 de maio de 1714, e nascida no dia 13 do mesmo mes e ano. (vide familysearch).

Se João de Abreu era filho legítimo de Leonel de Abreu e Maria Soares de Santa Maria do Pinheiro, Vieira, Braga, só poderíamos imaginar que Leonel de Abreu tivesse casado pela terceira vez. Mas na verdade Leonel de Abreu faleceu viúvo de Ursula Francisca, que falecera poucos meses antes dele, excluindo, salvo talvez perfilhações, toda a possibilidade de filhos legítimos dele com Maria Soares:

Óbito de Leonel de Abreu, 1756. Lê-se: “Aos vinte e nove dias do mes de Dezembro de mil sete centos e cincoenta e seis anos faleceu Leonel de Abreu, viúvo do lugar de Vilela desta freguesia de Santa Maria do Pinheiro só com o sacramento da Penitencia de uma colica e lhe não dar lugar a receber os mais sacramentos e se sepultou nesta igreja em os trinta dias do dito mes e ano não fez testamento e não tinha de que e para constar fiz este termo era ut supra.” Via familysearch. A esposa, Ursula Francisca, falecera em 29 de julho do mesmo ano – os assentos acham-se quase juntos, na mesma página deste livro paroquial.

 

Enfim, conclui-se que não apenas os filhos de Leonel de Abreu com Maria Soares foram naturais, ou seja, fora de um casamento formalizado, mas também extraconjugais. Seria de se esperar que fosse praticamente impossível constatar que realmente existiram tais filhos. Considerando a situação, é de uma sorte extraordinária que realmente pode-se encontrar evidências documentais de que existiu, sim, geração deste casal nada formal. A primeira pista é o casamento de um desses filhos, dito explicitamente filho natural de Leonel de Abreu e Maria Soares, em 1751. Este filho chamava-se Custódio de Abreu Soares, e havia sido batizado em 1722, como se vê no texto atípico do assento de batismo:

 

Registro de batismo de Custódio Soares (parte 1)

Registro de batismo de Custódio Soares (parte 2). Lê-se: “Custódio, filho de Maria Soares mulher de Francisco Pereira ausente do lugar de Vilella desta freguesia de Santa Maria do Pinnheiro nasceu aos treze dias do mês de Janeiro do ano de mil sete centos e vinte e dois por nascer com perigo de morte foi baptizado por Benta Affonso mulher de Bartholomeu Vieira do mesmo lugar de Vilella em casa não obstante por algumas razões que me pareceu o dito baptismo dúbio e assim foi baptizado debaixo de condição nesta Igreja por mim Julião de Araujo Abade dela aos quinze dias do mesmo mes e ano foram padrinhos debaixo de condição Mattheus Affonso e a dita Benta Affonso atras nomeada ambos desta freguesia de Santa Maria do Pinheiro e por verdade fiz este termo que assino com o padrinho era ut supra. O Abb.e Juliam de Araujo”. Via familysearch.

 

E eis o casamento deste mesmo filho, como acima citado:

 

Casamento de Custodio de Abreu Soares, 1751. Lê-se: “Aos dois dias do mes de maio de mil sete centos e cinquenta e um feitas primeiro as denunciações na forma costumada e apresentada licença do Reverendo Doutor Juiz dos casamentos da cidade de Braga em face eclesia se receberam Custódio de Abreu Soares filho natural de Leonel de Abreu e de Maria Soares da freguesia de Santa Maria do Pinheiro com Thereza da Cruz, filha legítima de Francisco da Cruz e de Senhorinha Gonçalves… (continua)”. Via familysearch.

Ainda em Pinheiro, mais uma filha de Maria Soares é mais tarde dada como filha natural de Leonel de Abreu.

Esta era Clara, nascida em 1727 e mãe em 1748:

 

Batismo de Clara, filha de Maria Soares, 1727. Lê-se: “Clara, filha de Maria Soares, esta mulher de Francisco Pereira do lugar de Vilela (…). Via familysearch.  Para os habituados com os registros paroquiais, a formulação da primeira linha chama atenção, como se a filha fosse de Maria Soares apenas, que é esposa de Francisco Pereira. Realmente no batismo de Custódio em 1722 (acima), este Francisco Pereira está descrito explicitamente como ausente.

 

Batismo de João Batista, filho de Clara e neto de Leonel de Abreu, 1748. Lê-se: “(…) Clara, solteira, esta filha natural de Leonel de Abreu do lugar de Vilela (…)”. Via familysearch.

 

Sobre o marido ausente de Maria Soares, nos óbitos de Pinheiro está o falecimento, por notícia de Francisco Pereira, em 1732, deste homem que, conforme o assento, partira havia anos para o Alentejo:

Falecimento de Francisco Pereira, 1732. Lê-se: “Desta freguesia de Santa Maria do Pinheiro (…) já há anos para as partes do Alentejo um Francisco Pereira marido de Maria Soares de baixo do lugar de Vilela desta freguesia e veio a notícia e certidão em como  era felecido (…) hoje, de Abril vinte e cinco e mil sete centos e trinta e dois”.

Quanto a filhos deste homem com Maria Soares, não encontrei nenhum batizado em Pinheiro; e aos 3 de maio de 1738 já se encontra o assento de óbito da própria Maria Soares (vide: familysearch.) O assento cita um filho chamado João Soares, casado com Rosa Maria alguns meses antes, em 25 de novembro de 1737 (vide: familysearch.) Este João Soares já era testemunha do casamento de Manoel Pereira em 27 de julho de 1733, junto com Leonel de Abreu (vide: familysearch), e também testemunha de batismo de uma filha de Clara, a filha natural de Leonel de Abreu, em 1759. No momento, suponho que este João Soares, que assinava sempre João Francisco Soares, seja filho de Maria Soares com Francisco Pereira, e que o batismo se encontre em outro local, que não Pinheiro nem Canteleães, como vamos ver.

 

Então, expostas as circunstâncias, conclui-se que realmente houve filhos de Leonel de Abreu com Maria Soares, que encontrava-se sozinha e que veio a falecer deixando, pelo menos, um filho de 16 e uma filha de 11 anos. Esses filhos são mais tarde descritos como filhos naturais de Leonel de Abreu, enquanto casado com Ursula Francisca, e considerando o contexto da época, suponho que, na falta da mãe, Leonel não teve alternativa a não ser acolher esses filhos, que eram menores. Em Pinheiro, Custódio e Clara são os dois únicos de que se tem notícia; e assim, resta a pergunta:

E João de Abreu?

Passei a procurar nas freguesias vizinhas. Assim, de João, filho de Maria Soares, encontrei por fim o seguinte registro, em uma freguesia próxima, chamada Canteleães:

 

Registro de batismo de João, filho de Maria Soares, 1722. Lê-se: “João. Aos dezoito dias do mês de Julho de mil sete centos e dous [sic – nota – o registro está em 1722, o ano por extenso foi anotado incompleto] annos pus o P.e Antonio Vieira Machado os santos oleos a João engeitado em casa de Domingas de Abreu de taboadello frg.a de Pinheiro a coal disse ser filho de Maria Soares de Villella e disse que lhe botava agua somente o P.e Bernardo de Souza de Cabeceiros Douro, era ut supra – eu o Abb.e Agostinho de Araujo”. Via familysearch.

Apesar do conflito das datas dos batismos de Custódio e João, que ocorrem no mesmo ano de 1722, separadas por seis meses de intervalo, a situação era tal que Maria Soares provavelmente buscava ocultá-la, até não mais poder; e neste ponto, deve ter batizado um ou ambos desses filhos com algum atraso. A João não é dada uma data exata de nascimento, sendo oficialmente exposto em casa de Domingas de Abreu, cujo parentesco com o bebê ainda não pude determinar, mas que, decerto, existe.

* * * Entre parêntesis,

O estudo desta linhagem toca em temas imortais de comportamento, que em muito me interessam e dos quais pouco se fala em genealogia: são eles o do abandono familiar, o dos romances ilícitos, e o dos filhos naturais. Longe de emitir julgamento, deixo neste post os fatos como os encontrei apenas, e espero, num futuro próximo, explorar mais os aspectos subjetivos destes temas universais.

* * *

Continuando, considerando que os documentos encontrados já me permitem confirmar a filiação de João de Abreu, resta expandir o estudo para as gerações anteriores.

Quanto a Maria Soares, o registro do casamento dela com Francisco Pereira não aponta de quem ela é filha; e, sendo o seu nome relativamente comum, e conhecendo-se a imprevisibilidade da atribuição de sobrenomes no mundo lusófono de antanho, até o momento não posso presumir as suas origens. Este registro encontra-se, por ironia, logo acima do assento do primeiro casamento de Leonel de Abreu, já mostrado acima. Êi-lo:

 

Casamento de Francisco Pereira com Maria Soares, 1700. Lê-se: “Aos sete dias do mes de outubro do anno de mil sete centos assisti ao matrimonio que entre si celebraram Francisco Pereira e sua mulher Maria Soares do lugar de Villela. Foram testemunhas Manoel Soares e Domingos Francisco da eira e Domingos Marques todos do mesmo lugar e por ser verdade fiz este assento e assinei era ut supra – o P.e Pedro Vieira.” Via familysearch.

Já sobre a filiação de Leonel, já estava descrita em Heróis do Homem e Cávado – faço aqui apenas o trabalho de mostrar:

 

Batismo de Leonel de Abreu, 1681. Lê-se: “Aos nove de Agosto de mil seiscentos e oitenta e um  anos batizei a Lionel filho de Silvestre Francisco e de sua mulher Madalena de Abreu do lugar de Taboadelo foram padrinhos Lionel solteiro e Maria filha de Madalena Soares de Barredo freguesia de Cantelães e por ser verdade assinei. Gonçalo Ribeiro” Via familysearch.

 

Os pais de Leonel, Silvestre Francisco e Madalena de Abreu, faleceram em 26 de dezembro de 1714 (vide familysearch) e 10 de maio de 1712, (vide familysearch) respectivamente. Até o momento, não sei onde e quando se casaram, se casaram-se, e nem de quem foram filhos. Sobre Leonel de Abreu, era ferreiro, e foi testemunha de vários batismos e casamentos, e assim assinava o próprio nome:

 

 

Assinatura de Leonel de Abreu, 1718, testemunha de casamento de Manoel Francisco e Isabel Soares. Por acaso ou não, a mãe da noiva, já defunta, chamava-se também Maria Soares.

 

Como parecem, até agora, estar esgotadas as informações que se podem extrair dos registros de batismos, casamentos e óbitos, resta garimpar, em algum futuro próximo (tomara) em algum arquivo de Braga, em busca de róis de confessados, habilitações de casamento, possíveis perfilhações, etc.

 

∼ Recapitulando ∼

 

por descobrir  por descobrir  filiação por descobrir 
Francisco Silvestre

F. 26.12.1714

Pinheiro, Vieira do Minho, Portugal

Madalena de Abreu

F. 10.05.1712

Pinheiro, Vieira do Minho, Portugal

Leonel de Abreu

B. 09.08.1681, Pinheiro, Vieira do Minho, Portugal

F. 29.12.1756, Pinheiro, Vieira do Minho, Portugal

Maria Soares

F. 03.05.1738, Pinheiro, Vieira do Minho, Portugal

João de Abreu

B. 18.07.1722, Canteleães, Vieira do Minho, Portugal

C. 21.10. 1757 c Ana Bernarda de Souza, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil

F. 23.05.1790 Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil

Vicente Cláudia José Maria Joaquim Francisco Romão Manoel

 

* * *

Por fim, vai um humilde agradecimento ao já citado Heróis do Homem e Cávado, blog do gentilíssimo senhor António Gonçalves, no qual algumas destas informações (especialmente pré-1720) já estavam transcritas e o qual em muito auxiliou a interpretar os documentos que encontrei, e que felizmente também já os incorporou parcialmente no seu blog – que é, aliás, uma excelente fonte de informações.

E, até o momento, nada mais sei.

Desta que vos escreve, a

helga

~Helga.

 

Em destaque: Quinta do Emigrante, Pinheiro (Maria Carvalho) – powered by Google



Fontes
[1] CARVALHO, Mario Teixeira de. Nobiliário Sul-Riograndense. porto Alegre, 1937.
[2] QUEIROZ, Maria Luiza Bertolini. [PDF] A Vila do Rio Grande de São Pedro : 1737-1822.  Florianópolis : UFSC : dissertação de pós-graduação em História, 1985.

(Nota: esta tese foi publicada como livro, com prefácio de João José Planella, em Rio Grande pela editora da Fundação Universidade de Rio Grande, em 1987).

Marechal José de Abreu, Barão do Sêrro-Largo

Salve!

Faz já alguns anos que comecei a pesquisar minha genealogia e fui conquistando, pouco a pouco, o conhecimento sobre alguns dos muitos dos meus antepassados.

Em sua grande maioria, os seus nomes são anônimos, mas – mas, mas, mas – um dia reconheci entre eles o nome do Barão do Cerro Largo (o motivo pelo qual o chamo de Serro-Largo, à moda antiga, explicarei em momento mais oportuno).

Homem de grandes feitos, o Barão do Serro-Largo é também um ilustre semi-desconhecido da atualidade. Não deveria, na verdade, haver nenhuma necessidade de que eu, uma leiga nas ciências militares e nas artes da guerra, me ocupasse da sua biografia, tema que já foi explorado por outros grandes nomes desde a segunda metade do século XIX até algumas décadas atrás.

Ocorre, entretanto, que, desde pelo menos 2007, encontra-se o seguinte artigo na Wikipédia – esta que é um oráculo onipresente dos dias atuais…

screen-shot-2016-10-12-at-10-27-31-am

<<<ERRO!!!>>> Um contribuidor incauto uniu os nomes de dois generais em um. O nome do Barão do Serro Largo, que atuou em várias ocasiões em conjunto com Mena Barreto, é apenas José de Abreu.

….demonstrando que este ilustre predecessor vai também tomar um pouco do meu tempo. Além do erro que tende a se espalhar e perpetuar essa gafe, há também ainda várias informações contraditórias e incógnitas não resolvidas a respeito deste Barão.

No entanto, uma biografia deste homem tão grande é, para mim, hoje uma tarefa impensável. Portanto, deixo aqui a minha humilde contribuição, sem linearidade e sem nenhuma pretensão histórica, além de registrar as minhas notas e percepções pessoais de penta neta de José de Abreu. Ou seja:

 

 • uma não-biografia •

 

E como a ordem dos acontecimentos também é, às vezes, difícil de ser seguida, dadas algumas incertezas e novas fontes que tendem a ser, com o tempo, incorporadas, eis o meu plano de como organizar, em não um único, mas em alguns posts independentes, as informações que tenho reunido acerca deste homem:

 

• José de Abreu (i) : Repositório

Espaço que disponibilizo para um modesto acervo de fontes de pesquisa, que tendem a ser, com o tempo, e cada vez mais, digitalizadas.

• José de Abreu (ii) : Cronologia

Simplesmente listando acontecimentos, em ordem cronológica.

• José de Abreu (iii) : Os ossos do Barão

• José de Abreu (iv) : O retrato pictórico

• José de Abreu (v) : Quando e onde nasceu?

• José de Abreu (vi) : A linhagem paterna

• José de Abreu (vii) : A linhagem materna

• José de Abreu (viii) : O brasão de armas

• … continua …

 

 

…Estas postagens encontram-se hoje em vias de execução.

Outras postagens, tratando de outros aspectos e recortes podem no futuro ainda, dadas as circunstâncias, surgir, havendo também a possibilidade de posts e conteúdos colaborativos.
Sem mais, se despede por ora esta, que vos escreve,

 

helga

~Helga.

 

legenda.

Em destaque: fotografia do Outings-projetc.org, de Julien de Casabianca. via Art-vibes.com, editada por esta, que vos escreve em referência a Magritte – A Traição das Imagens.

 

 

 

De cujus: Felicíssimo Vieira da Rocha

O sistema Ahnentafel numera os antepassados do de cujus (de quem se trata uma determinada genealogia), e está aqui postado com links, a fim de facilitar a navegação pelas biografias.

No diagrama abaixo, clique para abrir novas genealogias – navegando por diagramas.

8.

Bisavô

9.

Bisavó
10.

Bisavô

11.

Bisavó
12.

Bisavô
13.

Bisavó
14.

Bisavô
15.

Bisavó
4. Avô paterno 5. Avó paterna
6. Avô materno
7. Avó materna
2. Manoel Vieira da Rocha Filho
3. Felicíssima Francisa da Silva
1. Felicíssimo Vieira da Rocha

E na lista abaixo, clique para abrir as biografias de cada indivíduo:

1. Felicíssimo Vieira da Rocha

2. Manoel Vieira da Rocha Filho

3. Felicíssima Francisa da Silva

4. Manoel Vieira da Rocha

5. Dorotéia Maria de Jesus

6. João Francisco de Almeida

7. Teresa Francisca da Silva

8. Jerônimo Vieira Cordeiro ou Vieira da Rocha

9. Maria Inácia do Espírito Santo

10. Manoel Inácio de Souza

11. Angélica Maria de Jesus

12. João Francisco de Almeida

13. Josefa Maria de Jesus

14. Estêvão Álvares ou Alves – em espanhol, Estebán Alvarez ou Rodriguez

15. Josefa Rosa Pereira Garcia

De cujus: 13. Erna Nilles

104.

Franz Nilles

105.

Susanne
Margaretha
Arnß

106.

Robert Weißkopf

107.

Eleonore Herrmann

108.

Hans Jurgen Georg
Eilert

109.

Anna Chistina Jacobs

110.

Carl Wilhelm Stamm

111.

Henriette Amalie Erntges

52. Johann Joseph
Nilles
53. Maria Emilie Weißkopf 54. Peter Max Friedrich Eilert 55. Clara
Stamm
26. Johann Theodor Nilles 27. Henriqueta Eilert
13. Erna Nilles

13. Erna Nilles

| casada com Lothar Nascimento (12) | filha de 26&27 |

26. Johann Theodor Nilles

| * 3 agosto 1881 Borbeck, Essen DE[1] |  católico | ±1890 Porto Alegre RS | ∞ 23 dezembro 1900 (civil) c Henriqueta Eilert[2] c Henriqueta Eilert, Porto Alegre RS | 27 outubro 1941 Porto Alegre RS[3][] Cemitério da Santa Casa de Misericórdia, Porto Alegre RS[4] | P litógrafo, Lithographia João Petersen, Porto Alegre RS | filho de 52&53 |

27. Henriqueta Eilert

| * ±1877 Rio Grande do Sul BR[2] protestante | ±1895 Porto Alegre RS | ∞ 23 dezembro 1900 (civil) c Johann Theodor (“Theodoro”) Nilles[2] c Henriqueta Eilert, Porto Alegre RS |±1950 Porto Alegre RS[4] |[] Cemitério da Santa Casa de Misericórdia, Porto Alegre RS[4] |filha de 54&55 |

52. Johann Joseph Nilles

| * ±1850 Reil, Rheinland DE[5] católico[5] Essen DE |  14 junho 1875 Essen DE c Maria Emilie Weisskopf[5] ±1890 Porto Alegre RS |  1 maio 1913 Porto Alegre RS[6][] Cemitério da Santa Casa de Misericórdia, Porto Alegre RS | P Fabrikarbeiter – Essen, operário metalúrgico – Porto Alegre | filho de 104&105 |

53. Maria Emilie Weißkopf

| * ±1858 Elbląg PL[5] católico[5] Gdańsk PL |  Essen DE |  14 junho 1875 Essen DE c Johann Joseph Nilles[5] ±1890 Porto Alegre RS |  após 1918 | P parteira | filha de 106&107 |

54. Peter Max Friedrich Eilert

| * 11 março 1854[7][8][9] Meldorf, Schleswig-Holstein DE[8][9] protestante, 18 março 1854 Meldorf DE[9] |  31 julho 1872 Rio Grande do Sul BR[10] ±1874 Rio Grande do Sul c Clara Stamm |  ±1895 Porto Alegre RS[11] 13 maio 1909 Porto Alegre RS[12][7][] Cemitério Evangélico de Porto Alegre | P Pintor | filho de 108&109 |

55. Clara Stamm

| * 24 dezembro[7] 1849 Solingen DE[13][14] 23 janeiro 1850 Evangelisch, Solingen DE[14] 28 novembro 1858 Nova Petrópolis RS[15] 19 março 1859 Santa Cruz do Sul RS[15] | ±1874 Rio Grande do Sul c Peter Max Friedrich Eilert |  ±1895 Porto Alegre RS[11] 18 julho 1924 Porto Alegre RS[16][7] | [] Cemitério Evangélico de Porto Alegre | filha de 110&111 |

104. Franz Nilles

| ∞ 10 maio 1857 Reil, Rheinland DE c Susanna Margaretha Arens(?) | antes de 14 junho 1875[5] |

105. Susanne Margaretha Arnß

| * (?) 12 março 1815 Reil, Rheinland DE[17]  | ∞ (?) 23 janeiro 1845 Rheinland DE c Johann Agnes | ∞ (?) 10 maio 1857 Reil, Rheinland DE c Franz Nilles |  após 14 junho 1875[5] | R católica[17] | filha de 210&211(?) |

106. Robert Weißkopf

após 14 junho 1875[5] | P 1874:”Fabrikarbeiter” (trabalhador em fábrica), 1875: “Tagelöhner” (trabalhador por jornada)

107. Eleonore Herrmann

| antes de 14 junho 1875[5] |

108. Hans Jurgen Georg Eilert

| ∞ (?)5 junho 1853 Meldorf, Schleswig-Holstein DE c Anna Christina Jacobs | † após 1888 | R protestante | P pintor | filho de (?)216&217 |

109. Anna Christina Jacobs

| ∞ (?)5 junho 1853 Meldorf, Schleswig-Holstein DE c Hans Jurgen Georg Eilert |

110. Carl Wilhelm Stamm

| * 21 agosto 1825 Höhscheid, Solingen DE[18] | 24 julho 1846 Höhscheid, Solingen DE c Henriette Amalie Erntges[19] 28 novembro 1858 Nova Petrópolis RS[15] 19 março 1859 Santa Cruz do Sul RS[15] ±1895 Porto Alegre RS[11] | 23 junho 1911 Porto Alegre RS[7] [20] | R protestante | P “Schleifer”,[19] afiador[20] | filho de 220&221 |

111. Henriette Amalie Erntges

| * 16 fevereiro 1826 Höhscheid, Solingen DE[21] | 24 fevereiro 1826 Evangelisch, Solingen, Rheinland DE[22] 24 julho 1846 Höhscheid, Solingen DE c Carl Wilhelm Stamm[19] 28 novembro 1858 Nova Petrópolis RS[15] 19 março 1859 Santa Cruz do Sul RS[15] ±1895 Porto Alegre RS[11] |  4 fevereiro 1909 Porto Alegre RS[7][23] | R protestante | filha de 222&223 |

***

Att,

helga

~Helga.



Fontes
[1] Registro de nascimento de Johann Theodor Nilles. Deutschland, Essen. Staatsarchiv Essen. Geburtenbücher Standesamt I, Registernummer 1612.
[2.1] [2.2] [2.3] Registro de casamento de Theodoro Nilles e Henriqueta Eilert. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. 1.o Ofício de Registro Civil das Pessoas Naturais de Porto Alegre. Certidão de Casamento de Theodoro Nilles e Henriqueta Eilert, Matrícula N.o 096602 01 55 1900 2 00012 018 0000032 77.
[3] Registro de óbito de Theodoro Nilles. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Cartório de Registro Civil da 2.a Zona de Porto Alegre. Registro de Óbito de Theodoro Nilles, Matrícula N.o 1000 24 01 55 1941 4 00021 173 0020814 18.
[4.1] [4.2] [4.3] Memórias de familiares, coletadas por esta, que vos escreve
[5.1] [5.2] [5.3] [5.4] [5.5] [5.6] [5.7] [5.8] [5.9] [5.10] Deutschland, Essen. Staatsarchiv Essen. Heirat von Johann Nilles und Emilie Weißkopf. Heiratsbücher, Standesamt I, Register Nr. 248.
[6] Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Registro Civil das Pessoas Naturais da 4.a Zona de Porto Alegre. Certidão de Óbito de Nilles João. Matrícula N.o 099804 01 55 1913 4 00069 071 0001130 57.
[7.1] [7.2] [7.3] [7.4] [7.5] [7.6] Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Cemitério Evangélico de Porto Alegre. Dados vitais de Peter Max Friedrich Eilert, Clara Stamm, Carl Stamm e Amalie E. Stamm. Registros de sepultamento obtidos sob consulta ao arquivo do cemitério.
[8.1] [8.2] Landesarchiv Schleswig Abt.309, Nr.3309 and Nr.33074-33091. Dithmarscher Auswanderer (1868-1920) – Peter Friedrich Eilert.
[9.1] [9.2] [9.3] Sächsisches Staatsarchiv, Staatsarchiv Leipzig. Evangelische Kirche Meldorf (Kr. Süderdithmarschen), Mikrofilme. Tauf von Peter Max Friedrich Eilert. Tauf-Index 1853-1874, Mikrofilm C-124, seite 9.
[10] Staatsarchiv Hamburg; Hamburg, Deutschland. Hamburger Passagierliste für Peter Eilert. Hamburger Passagierlisten; Volume: 373-7 I, VIII A 1 Band 027 A; Seite: 867; Microfilm No.: K_1717.
[11.1] [11.2] [11.3] [11.4] Hemeroteca Digital Brasileira. Pedro Eilert e Carlos Stamm em Manifesto de Passageiros. Periódico “A Federação”. Ano XII, N.o 11. Porto Alegre, 12 de janeiro de 1895. Pág. 2, 3.a Coluna, Seção “Movimento de Passageiros”.
[12] Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Registro Cilvil de Pessoas Naturais da 4.a Zona de Porto Alegre. Registro de Óbito de Peter Max Friedrich Eilert. Matrícula 099804 01 55 1909 4 00054 027 0000959 05.
[13] Deutschland, Solingen. Staatsarchiv Solingen. Geburt von Clara Stamm. Höhscheid Geburtsbücher, No. 267.
[14.1] [14.2] ”Deutschland Geburten und Taufen, 1558-1898,” database, FamilySearch (https://familysearch.org/pal:/MM9.1.1/V4GL-L8Z : 28 November 2014), Clara Stamm, 23 Jan 1850; citing ; FHL microfilm 490,275.
[15.1] [15.2] [15.3] [15.4] [15.5] [15.6] Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Memorial (Arquivo Histórico) do Rio Grande do Sul. Registro da chegada de Carl Stamm e família a Nova Petrópolis. Colônia de Santa Cruz do Sul. Códice 234, fl.64 (cabeçalho) e fl.66. (no.s 83-87).
[16] Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Registro Civil das Pessoas Naturais da 4.a Zona de Porto Alegre. Registro de Óbito de Clara Eilert. Matrícula N.o 099804 01 55 1924 4 05117 194 0002047 26.
[17.1] [17.2] Segundo Herbert Gabrys, Dresden – via Gedbas.net
[18] Deutschland, Solingen. Staatsarchiv Solingen. Höhscheid Geburtsbücher, 1825, No. 116.
[19.1] [19.2] [19.3] Deutschland, Solingen. Staatsarchiv Solingen. Höhscheid Heiratbuch 1846, No. 27.
[20.1] [20.2] Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Registro Civil das Pessoas Naturais da 4ª Zona. Certidão de Óbito de Inteiro Teor de Carlos “Stenspf”(sic). Matrícula 099804 01 55 1911 4 00061 040 001430 19. Nota: Apesar da grafia incorreta do sobrenome, trata-se do mesmo Carl Stamm (por vezes, Stamms), falecido na mesma data cfme. Cemitério Evangélico de Porto Alegre;(vide fonte 31) pai de Clara(vide fontes 37 e 38) e filho de Benjamin e “Carlota” (Charlotte),(vide fonte 64) viúvo (de Amalie Stamms, fal. em 1909);(vide fontes 31 e 69) e por profissão, afiador (“Schleifer”).(vide fonte 65)
[21] Deutschland, Solingen. Staatsarchiv Solingen. Höhscheid Geburtbuch 1826, No. 26.
[22] “Deutschland Geburten und Taufen, 1558-1898,” database, FamilySearch (https://familysearch.org/pal:/MM9.1.1/NFWX-9C3 : 28 November 2014), Heinriette Amalia Erntges, 24 Feb 1826; citing ; FHL microfilm 490,266.
[23] Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Registro Civil das Pessoas Naturais da 4ª Zona. Certidão de Óbito de Inteiro Teor de Amalie Erntges Stamms(sic). Matrícula 099804 01 55 1909 4 00053 059 0000289 50.