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Eu sei o que vocês fizeram no século retrasado

Salve!

Quantas vezes ouvi falar dos antepassados de alguém de uma forma idealizada e completamente positiva – afinal, morreu, virou santo…! Eu suspiro.

~ “Mas… E se meu tataravô foi um canalha?” ~

Com mais freqüência do que gostaríamos, nós – os que preferem estudar a fundo a trajetória de cada antepassado, ao invés de simplesmente colecionar nomes e datas – nos deparamos com realidades desagradáveis do passado. Ao pesquisar em antigos jornais e arquivos, estamos nos sujeitando a encontrar algumas verdades que desmentem as fábulas de família e nos desafiam a incorporar os piores momentos de nossos ancestrais na nossa psique, na percepcão de nossa história individual e de nossa identidade construída através das gerações.

O que fazer quando desenterramos tabus que atravessaram gerações – e somos nós os únicos vivos para digeri-los? Assim como relutamos em aceitar nossas próprias falhas, vivemos numa realidade social em que as aparências contam muito, e podemos nos sentir diminuídos pelos nossos lapsos aos olhos da sociedade. O mesmo sentimento pode ocorrer em relação às falhas de nossos antepassados. Pode acontecer com qualquer um – e aliás, é provável que aconteça – de encontrar os fantasmas das desavenças em família, de dificuldades financeiras, filhos ilegítimos, casamentos involuntários, crimes, rejeições, vícios, violência. Alguns comportamentos, que eram perfeitamente aceitáveis, e talvez até desejáveis há algum tempo atrás podem ser hoje motivo de constrangimento.

E então, confrontados com as mazelas de nossos predecessores, vamos julgá-los e condená-los, mesmo sem nunca tê-los conhecido? Vamos tentar repreendê-los, mesmo que postumamente, sem nunca tentar compreender as circunstâncias, sem nunca tentar o exercício dificílimo de nos colocarmos no lugar de alguém que viveu em outra realidade e outro momento histórico, há décadas ou centenas de anos?

Pessoalmente, acho que não. Porque renegar a existência de um ancestral pouco nos ajuda, se no processo essa negação acaba por nos privar da conexão com os seus feitos positivos, que podem ser fonte de inspiração e fortalecimento. E varrer o que nos desagrada para baixo do tapete nos priva de aprender com os erros de nossos antepassados. Erros que, aliás, não precisamos repetir. Somos todos imperfeitos – e todos temos traços de comportamento de seriam considerados reprováveis para outros de nossos familiares, que nos olham ou olhariam de outra perspectiva, diferente da nossa.

Nada pode mudar o passado. Mas compreender que existem mil tons de cinza entre o preto e o branco, e que todos temos nossos piores e melhores momentos, está a nosso favor para tratar nossas feridas – sejam os vestígios de dores antigas que herdamos, sejam as feridas abertas por nós mesmos.

Alguém já ouviu aquele ditado:

♣ “Acontece nas melhores famílias” ?

Pois é. ♣

Para pensar positivo, vale também ler:

♦ As vidas ♦

Elementar, meu caro Watson.

Elementar, meu caro Watson. Via Derek Winnert

Att,

helga

~Helga.

De cujus: Helga

O sistema Ahnentafel numera os antepassados do de cujus (de quem se trata uma determinada genealogia), e está aqui postado com links, a fim de facilitar a navegação pelas biografias.

No diagrama abaixo, clique para abrir novas genealogias – navegando por diagramas.

8.

Bisavô

9.

Bisavó
10.

Bisavô

11.

Bisavó
12.

Bisavô
13.

Bisavó
14.

Bisavô
15.

Bisavó
4. Avô paterno 5. Avó paterna
6. Avô materno
7. Avó materna
2. Pai da Helga
3. Mãe da Helga
1. Helga

E na lista abaixo, clique para abrir as biografias de cada indivíduo:

1. Esta que vos escreve

2. Pai da Helga

3. Mãe da Helga

4. Lothar Nascimento

5. Erna Nilles

6. Ary Prates da Rocha

7. Maria Gomes Nogueira

8. José Sebastião do Nascimento

9. Maria Caetana de Araújo

10. Johann Theodor Nilles

11. Henriqueta Eilert

12. Felicíssimo Vieira da Rocha

13. Maria Izabel de Abreu Prates

14. Dagoberto Gomes Nogueira

15. Esther Ribeiro